FILHOS
PERFEITOS: É POSSÍVEL?
FILHOS PERFEITOS: É POSSÍVEL?
No
meu trabalho sempre escuto muitas mães. E é justamente sobre essas escutas que eu
venho falar hoje. Porque essas mães sempre chegam angustiadas, com um choro
sensível e verdadeiro, como se preferissem elas mesmas precisarem de ajuda, e
que a dor da criança feria profundamente em sua alma, sem que nada pudesse ser
feito.
São
mães com relatos de dores intensas relacionadas às imperfeições dos filhos. As
mulheres sonham com a maternidade. Mas em seus sonhos nunca há um filho real,
mas sim um filho ideal, perfeito.
Mas
quem falou que os filhos precisam ser perfeitos?
E
será que a perfeição existe mesmo?
Porque
o que vejo ao longo da vida é que todas as pessoas tem lá seus defeitos. Algumas
com grandes defeitos, outras com defeitos mais difíceis de serem vistos. E não
estou falando aqui de defeitos físicos. Sei que eles existem. Mas conheço
pessoas lindas e aparentemente perfeitas, mas de um caráter muito duvidoso e
com noções distorcidas de moral e vida social.
Então,
o que realmente estas mães estão buscando?
Vejo
que muitas das vezes elas falam de reclamações externas, referente ao
comportamento dos filhos. Essas reclamações costumam vir das escolas, outras
dos vizinhos, dos familiares ou simplesmente de pessoas com comentários
inconvenientes nos parques ou brinquedos nos restaurantes.
Se
nem nós mesmos somos perfeitos, quem dirá as crianças, que ainda estão em
desenvolvimento e são pessoas incompletas e em formação. Elas nascem e iniciam
suas vidas sem muitas experiências, buscando ansiosas por aprendizado
diariamente.
E
cabe a nós, adultos, ensinar e orientar as crianças para o caminho ideal a se
seguir. E o ideal é algo muito subjetivo. Depende dos valores e da cultura de
cada família. O que é importante para mim, nem sempre é importante para o outro.
E devemos estar atentos a isso. Muitas vezes uma crítica externa vem com o
desejo de ideal para a pessoa que falou, e não para você.
Já
deu pra perceber que as coisas não são tão simples como parece, não é mesmo? É
que ultimamente a sociedade anda impaciente com tanta informação disponível na
internet. Todos se julgam especialistas apenas porque leram alguma coisa ou
viram um vídeo legal falando sobre o assunto.
Então,
a dica para as mães é que procurem ajuda profissional quando a criança
apresentar algum comportamento que a incomode, Ou quando for uma crítica
externa de alguém que convive com a criança, como professores, cuidadores ou
familiares.
É
que os profissionais estarão mais preparados para uma escuta neutra e para uma
avaliação mais detalhada do problema. Assim, será indicado qual o melhor
caminho a seguir daí pra frente.
Mas
fiquem tranquilas mamães, porque é normal que as crianças sejam imperfeitas. E
tudo bem se elas sofrerem de algum transtorno ou tiverem alguma doença. Ainda
serão seus filhos e ainda precisam ser amados por você.
As
imperfeições fazem parte da vida humana, por todos nós somos imperfeitos. E aceitar
que as crianças também são imperfeitas traz tranquilidade e liberdade.
E
vamos deixar de lado todo o preconceito.
Sim,
o cérebro adoece!
Assim
como qualquer outra parte do corpo humano, o cérebro pode adoecer e isso é um
fato real. Então, levar a criança ao Neurologista, ao Psiquiatra ou ao
Psicólogo é apenas mais um dos cuidados que os pais devem ter com seus filhos.
É
tão importante quanto ir ao Pediatra ou ir ao Dentista. As crianças precisam
estar sempre em acompanhamento profissional para seu bom desenvolvimento. Crianças
que precisam de óculos vão ao Oftalmologista. E as que precisam de tratamento
mais específicos procuram especialistas, como Cardiologista, Ortopedista, etc.
Nunca
vi uma mãe chorando sentida porque o filho precisa usar aparelho nos dentes. E nunca
vi ninguém dizendo que é problemas nos coração é uma bobagem ou que não precisa
de especialista, que quando crescer isso passa.
Viu?
É apenas preconceito o que envolve a saúde mental. Sim, algumas crianças
precisam ajuda para o desenvolvimento mental adequado. Outras precisam até mesmo
de tratamentos mais invasivos como cirurgias ou uso contínuo de medicação.
As
crianças, assim como nós, são imperfeitas. E tudo bem!
Mas
o que é uma grande verdade é que elas são perfeitas para nós que as amamos. Do jeitinho
que são. Ainda que precisem de ajuda profissional. São as nossas crianças e
amamos pelo simples fato delas existirem.
E
isso é algo incrível e completamente normal.
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